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  • Fiz esse ultrassom do pescoço e apareceu um nódulo na minha tireoide, e agora?"
    Antes de tudo, é importante informar que os nódulos de tireoide são bem comuns na população em geral, podendo afetar até 50 a 60% da população, principalmente em mulheres que já passaram dos 50 anos. Felizmente, a grande maioria desses nódulos não vai causar nenhum mal à pessoa. Conforme as características do nódulo e os exames de sangue (TSH e T4 livre), o endocrinologista vai avaliar a necessidade de investigação, com a punção por agulha fina (PAAF). Muitos nem precisarão da punção, e poderão ser acompanhados com ultrassonografia, a cada 6 meses ou a cada ano. Se existir alguma característica suspeita, o médico solicitará a PAAF para descartar ou confirmar uma neoplasia da tireoide. Conforme o resultado, indica-se a cirurgia ou mantêm-se apenas o acompanhamento com exame de imagem. Nódulos grandes, que causam sintomas como dificuldade para engolir ou respirar, também costumam ser operados.
  • O que deve ser avaliado na consulta do paciente com diabetes?
    Diabetes é uma doença que pode afetar a pessoa de muitas maneiras, em aspectos físicos, psicológicos e comportamentais. Por isso, a consulta com o especialista em diabetes inclui uma infinidade de parâmetros a serem avaliados. Vou comentar alguns com vocês: - Estilo de vida: alimentação, atividade física, ingesta de álcool e tabagismo. - Detecção de complicações - Olhos: o paciente deve ser orientado a realizar avaliação anual do fundo de olho com o oftalmologista, mesmo que não esteja sentindo nada. - Exame dos pés: avaliação de lesões e detecção precoce de alterações da sensibilidade. Deve ser realizada uma vez por ano pelo menos. - Rins: avaliação de exames como creatinina e microalbuminúria em amostra (este, pelo menos uma vez por ano). - Doenças cardiovasculares: avaliação do colesterol e exames de função cardíaca conforme a história do paciente. - Avaliação do controle da glicemia, através dos exames de sangue em todos os pacientes, e dos testes da “ponta de dedo” em pacientes selecionados. - Revisão dos medicamentos. - Revisão de vacinação. Nem sempre conseguimos avaliar todos esses parâmetros em uma única consulta, por isso é muito importante o acompanhamento regular, de preferência a cada 3 ou 4 meses.
  • Qual o papel dos medicamentos no tratamento da obesidade?
    Você sabia que o excesso de peso é uma das principais causas de morte prematura? Sabemos que a obesidade pode gerar e complicar outras doenças, causar inflamação crônica, além de impactar na qualidade de vida, autoestima e capacidade funcional. Por que as pessoas tem tanto preconceito em usar medicamentos para tratar essa doença? Os medicamentos para obesidade auxiliam o paciente a aderir às mudanças alimentares, reduzindo a fome, a compulsão, a ansiedade, ou aumentando a saciedade. Ele sempre faz parte de um tratamento que inclui necessariamente a reeducação alimentar e a atividade física. O endocrinologista vai escolher o medicamento que melhor se adequa ao caso do paciente, suas comorbidades e seu padrão alimentar. O tempo de uso da medicação também vai ser avaliado pelo médico, e dependendo do caso, a substância pode ser usada de forma contínua. Procure um endocrinologista de sua confiança!
  • Qual o papel da cirurgia bariátrica no diabetes e obesidade?
    A obesidade e o diabetes tipo 2 são doenças intimamente relacionadas. Estima-se que oitenta e cinco por cento dos pacientes com diabetes tipo 2 têm excesso de peso pelo critério do índice de massa corpórea. Os que não se enquadram nesse grupo normalmente apresentam acúmulo de gordura na região abdominal. Hoje sabemos que este acúmulo de gordura, em especial no fígado e no pâncreas, leva aos mecanismos desencadeadores do diabetes: a resistência à insulina pelo fígado, e a disfunção na produção da insulina pelas células beta do pâncreas. Há muitos estudos em pessoas com obesidade grau 2 e 3 submetidos à cirurgia bariátrica demonstrando remissão do diabetes (ou pelo menos a redução do número de medicações para controle) em um número significativo de pacientes. Esses resultados fizeram a comunidade científica questionar o dogma de que o diabetes é uma doença progressiva e irreversível. Afinal, se conseguirmos reduzir a gordura nos órgãos abdominais, não seria possível reverter os mecanismos que levam à hiperglicemia (elevação do açúcar no sangue)? A resposta é: sim, principalmente em pacientes com doença mais recente e menos severa. Nos pacientes com doença mais grave, conseguimos atingir melhor controle ou diminuir o número de comprimidos e dose de insulina. É possível observar o impacto da cirurgia no controle glicêmico já nos primeiros dias do pós-operatório. Além da redução da glicemia, ocorre melhora da hipertensão e dos níveis de colesterol nos pacientes submetidos à cirurgia, quando comparamos com o tratamento medicamentoso em pacientes obesos. Todas essas doenças fazem parte da síndrome metabólica, uma condição que aumenta o risco de doenças cardíacas e derrame. Resultados de estudos clínicos também revelaram redução nas complicações crônicas do diabetes: doença renal, neuropatia e menos eventos cardíacos em pacientes que fizeram a cirurgia. Embora não possamos falar em “cura”, pois os pacientes podem voltar a apresentar a doença com o passar do tempo, mas a remissão do diabetes é uma realidade. Os pacientes serão sempre monitorizados para detectar o retorno das alterações do “açúcar” no sangue. E mesmo que voltem a precisar de medicamentos, o legado dos anos sem diabetes confere redução das temidas complicações da doença. A cirurgia bariátrica é uma ferramenta valiosa, e não faz sentido pensar que é um caminho mais fácil, visto que o paciente precisa seguir uma alimentação saudável e mais restritiva, praticar atividade física e fazer reposição de vitaminas durante toda a vida. Mas muito cuidado: isso não quer dizer que a cirurgia bariátrica é a solução para todos os pacientes com obesidade e diabetes. Grande parte dos pacientes conseguem excelentes resultados com acompanhamento nutricional, atividade física e medicamentos, de forma individualizada. Além disso, a pessoa deve ser avaliado integralmente com relação às contraindicações e à sua capacidade de seguir o tratamento pós-cirúrgico. Uma equipe capacitada e ética saberá selecionar as pessoas que mais se beneficiarão do procedimento.
  • Como funciona a bioimpedância?
    A bioimpedância é um dos métodos mais utilizados para avaliação da composição corporal. Consiste em uma balança, em que há a aplicação de uma corrente elétrica de baixa amplitude e frequência alternante através do corpo (a pessoa não sente essa corrente). Através da aferição da resistência elétrica nos diversos tipos de tecidos corporais, ela consegue estimar a proporção e pesos de massa magra, massa livre de gordura, massa gordurosa, entre outros. Os equipamentos com oito eletrodos, combinam quatro eletrodos nas mãos e quatro eletrodos nos pés. A principal vantagem deles em relação aos equipamentos com dois eletrodos é a combinação de uma análise de impedância a partir de medidas segmentares da parte superior e inferior do corpo, garantindo maior acurácia e possibilitando avaliações regionalizadas dos componentes corporais. O método também calcula a taxa metabólica basal (quanto de energia a pessoa gasta em repouso, para manter os processos vitais). O principal fator que pode alterar os resultados do exame é o excesso de hidratação. Alguns cuidados devem ser tomados para que a medição seja a mais acurada: Evitar o consumo de alimentos e bebidas 4 horas antes. Esvaziar a bexiga antes do exame. Não realizar durante o período menstrual. Repousar pelo menos 10 minutos antes do exame. Retirar objetos metálicos. A avaliação pela bioimpedância é feita no consultório, como exame complementar à consulta.

Dra. Julia Maccarini

Endocrinologista em Cricíuma/SC

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